quarta-feira, 19 de julho de 2017

A marca infalível da heresia


"Por influência dos “velhos” modernistas, em suma, os novos teólogos — Lubac à frente — por seu naturalismo e seu relativismo não se limitavam a negar uma ou outra verdade de fé, mas atacavam as raízes sobrenaturais da Igreja, acabando por destruí-la por via de inflação, ou seja, através da sua identificação progressiva com toda a humanidade.
Mas o que espanta mais nessa sopa de cultura de fermentos maléficos, que são os meios do novo modernismo, é sem dúvida a soberba destes pseudo “reformadores”, fundada na pretensão de ter nem mais nem menos redescoberto o “cristianismo autêntico” (perdido pela “velha” Igreja ao longo dos séculos).
Eu saúdo antes de tudo — escrevia em 1945 Blondel a Lubac — sua grande obra O Natural, pois se é útil e até necessário destruir os erros, é ainda mais importante expor a fundo a verdade do cristianismo autêntico...”. (e, como por acaso, o que pretendem hoje os partidários do Concílio Vaticano II, senão ter finalmente descoberto, depois de dois mil anos, o “cristianismo autêntico”?).
Esta pretensão se repete constantemente na história das heresias, trata-se de um sinal infalível para reconhecermos o herético: dos gnósticos dos séculos II e III até os Cátaros medievais, de Ário de Alexandria até Lutero, de Nestório até os modernistas e os “novos teólogos”, todos pretendem ser os descobridores e restauradores do “verdadeiro cristianismo”.
O Senhor... dissipou aqueles que se orgulhavam com os pensamentos do seu coração”: mesmo a condenação ulterior da nova teologia pelo Soberano Pontífice Pio XII não conseguirá dobrar o orgulho presunçoso dos novos teólogos, nem convencê-los a abandonar seu plano pretensioso de reformar a Igreja."

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